Ismail Haniya, que está baseado no Qatar, chegou ao Cairo “para discussões com autoridades egípcias sobre os desenvolvimentos da agressão sionista na Faixa de Gaza e muitas outras questões”, sublinhou o Hamas num comunicado.
Na terça-feira, uma fonte do grupo palestiniano disse à agência de notícias AFP que Haniya se deveria encontrar com o responsável dos serviços de informação egípcios, Abbas Kamel, com o objetivo de discutir “o fim da agressão e da guerra, a preparação de um acordo de libertação de prisioneiros e o fim do cerco imposto à Faixa de Gaza”.
Uma fonte do grupo islamita Jihad Islâmica palestiniana disse hoje à AFP que o líder deste movimento armado, o segundo maior na Faixa de Gaza, Ziyad al-Nakhala, também viajaria para o Cairo no início da próxima semana.
O Presidente de Israel, Isaac Herzog, declarou na terça-feira que Israel estava “pronto para uma nova pausa e uma ajuda humanitária adicional com a intenção de permitir a libertação dos reféns” israelitas.
Durante uma reunião com as famílias dos reféns na terça-feira, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, explicou que havia enviado recentemente “o chefe da Mossad [serviços de informação de Israel] à Europa, por duas vezes, para promover um processo de libertação”.
O Egito e o Qatar contribuíram para as negociações que conduziram a uma trégua de uma semana no final de novembro, durante a qual 80 israelitas que estavam a ser mantidos como reféns na Faixa de Gaza foram trocados por 240 palestinianos presos em Israel.
Antes de chegar ao Cairo, Ismail Haniya encontrou-se em Doha, capital do Qatar, com o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Hossein Amir-Abdollahian, segundo imagens divulgadas por Teerão.
Após o ataque do Hamas em 07 de outubro, com mais de 1.200 mortos e mais de 240 sequestrados, Israel declarou guerra ao movimento palestiniano e lançou uma ofensiva militar por terra, mar e ar no enclave.
A operação já provocou mais de 19.600 mortos, na maioria civis, e 52.500 feridos segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlado pelo Hamas, e cerca de 1,9 milhões de deslocados, de acordo com a ONU.
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