“O plano da EMEL [Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa] é que em cerca de quatro semanas, no máximo, tenhamos mais bicicletas no sistema do que já tivemos alguma vez até aqui”, anunciou Miguel Gaspar (PS), sem precisar o número, mas admitindo que “as bicicletas [disponíveis] hoje estão num nível demasiado baixo”.

O autarca respondia a uma questão colocada pelo BE na sessão plenária da Assembleia Municipal de Lisboa.

A empresa municipal rescindiu em abril o contrato com a Órbita, fornecedora das bicicletas do sistema Gira, por incapacidade para prestar o serviço contratualizado, tendo o presidente da EMEL anunciado em 06 de maio que iria ser lançado na semana seguinte um novo concurso para a expansão da rede.

No entanto, o concurso, que prevê um total máximo de 350 estações e 3.500 bicicletas, permitindo que o sistema de bicicletas venha a operar nas 24 freguesias, ainda não foi lançado.

Miguel Gaspar adiantou ainda que “houve uma providência cautelar por parte da Órbita relativamente a esta intenção”, situação que “já está ultrapassada”.

A EMEL “tomou a iniciativa de proceder a um contrato intermédio com uma entidade que assegurasse a manutenção do sistema”, a Siemens, que, “de certa forma, já estava ligada” a ele.

Este “plano de recuperação intermédia do sistema”, além de aumentar o número de bicicletas, visa abrir “estações que nunca chegaram a abrir”, esclareceu Miguel Gaspar.

O autarca responsável pelo pelouro da Mobilidade informou que a câmara “está a tentar incluir também a expansão do sistema para alguns concelhos vizinhos que manifestaram esse interesse, para permitir (…) as ligações intermunicipais em alguns casos”.

O vereador acrescentou que “o concurso está a ser ultimado” e que as primeiras bicicletas do novo procedimento deverão estar “em exploração ainda este ano, o mais tardar princípio do próximo”.

O BE, partido que tem um acordo de governação do concelho com o PS, enviou na segunda-feira um requerimento à autarquia, no qual critica a falta de bicicletas da rede Gira e questiona se estão previstas medidas compensatórias, como a extensão do passe anual.

A rede de bicicletas Gira tem sido alvo de sucessivos atrasos, o que tem motivado críticas de autarcas e utilizadores, que reclamam que o serviço não responde às suas necessidades.

Miguel Gaspar disse em março, em entrevista à Lusa, que esperava que a rede estivesse em todas as freguesias em 2020, ano em que Lisboa será Capital Verde Europeia.

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