De acordo com um comunicado enviado à agência Lusa, o movimento propõe-se “dar voz ao desagrado da população sobre este processo”.

O grupo marcou para sábado uma sessão de esclarecimento pública, na alameda Teixeira de Pascoaes, a partir das 15:00.

O evento contará com a participação de um representante da associação ambiental Zero e do movimento de cidadãos que se opôs à prospeção, pesquisa e extração de lítio na Serra de Arga, no distrito e Viana do Castelo.

“Este grupo, apolítico e transversal, visa definir estratégias possíveis, legais e pacíficas para demonstrar a total discordância dos amarantinos pela inclusão de freguesias de Amarante no Programa de Prospeção e Pesquisa de Lítio recentemente aprovado pelo Governo”, lê-se no documento.

O movimento tem uma página na rede social Facebook, atualmente com cerca de 5.800 subscritores.

No início de fevereiro, o Governo autorizou a prospeção e pesquisa de lítio em seis zonas do país, nomeadamente na denominada “Seixoso-Vieiros”, que abrange os concelhos de Fafe, Celorico de Basto e Guimarães (distrito de Braga), e Felgueiras e Amarante (distrito do Porto).

Apesar da diminuição da área de prospeção inicialmente prevista para aquele projeto, em Amarante permanece uma “considerável área de exploração, sobretudo as freguesias de Rebordelo e Fridão, incluindo a serra da Meia Via e os rios Tâmega e Olo”, refere o movimento, frisando tratar-se de uma área com “um elevado valor paisagístico, ambiental e patrimonial que poderá ser posto em causa pela prospeção, pesquisa e subsequente exploração mineral”.

O movimento cívico considera que aquela “atividade [mineira] é incompatível com o modo de vida dos habitantes e alerta para alguns dos perigos associados, como a possível contaminação dos lençóis freáticos, a maior fonte de água para população e a agricultura locais”.

A Câmara de Amarante já manifestou publicamente a sua oposição à prospeção, pesquisa e exploração mineral.

Segundo o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, as regras da exploração deste metal vão incluir a proibição de venda em bruto e “nem um grama deste lítio vai ser processada fora de Portugal”.

A AAE promovida pela Direção-Geral de Energia e Geologia viabilizou as áreas denominadas "Seixoso-Vieiros", que abrange os concelhos de Fafe, Celorico de Basto, Guimarães, Felgueiras, Amarante e Mondim de Basto; "Massueime", que atinge os municípios de Almeida, Pinhel, Trancoso e Mêda; "Guarda-Mangualde C (Blocos N e S)", que inclui Belmonte, Covilhã, Fundão e Guarda; "Guarda-Mangualde E", que abrange Almeida, Belmonte, Guarda e Sabugal; "Guarda-Mangualde W", que inclui Mangualde, Gouveia, Seia, Penalva do Castelo e Fornos de Algodres, bem como "Guarda-Mangualde NW", com Viseu, Penalva do Castelo, Mangualde, Seia, Nelas e Oliveira do Hospital.

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