Dezenas de milhares de bielorrussos que fugiram do seu país após a repressão violenta às manifestações contra o presidente Alexander Lukashenko, acusado de ter cometido fraude na votação que levou à sua reeleição, refugiaram-se no país báltico.
A Lituânia "não pode continuar sem fazer nada, enquanto continuam a ser cometidos crimes contra a humanidade em larga escala no país vizinho, a Bielorrússia", explicou a ministra lituana da Justiça, Ewelina Dobrowolska, em comunicado.
Embora a Bielorrússia não seja membro do TPI, Vilnius afirma, sem dar detalhes, que as ações repressivas desse país também "foram cometidas em território da Lituânia, portanto estes crimes são [...] competência do Tribunal".
O procurador do TPI, Karim Khan, confirmou ter recebido a petição e que o seu gabinete examina-la-á antes de decidir se abre ou não uma investigação.
"Não esperamos que seja emitida uma ordem de prisão contra Lukashenko", ressaltou Dobrowolska.
Entre os exilados na Lituânia estão a dirigente da oposição bielorrussa Svetlana Tikhanovskaya, que disputou as eleições presidenciais de 2020 contra Lukashenko depois do seu marido ter sido envenenado, e que afirma ter vencido a disputa.
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