A eleição do historiador acontece depois de em 2019 o Livre ter eleito pela primeira vez para a Assembleia da República, na altura Joacine Katar Moreira, que acabou por perder a confiança política do partido poucos meses depois da eleição.

O fundador do Livre Rui Tavares apontou hoje como grande desafio o diálogo à esquerda no parlamento face a uma maioria absoluta do PS, e admitiu que a sua eleição foi uma "segunda oportunidade".

“Temo que uma maioria absoluta se possa fechar em si mesma e esse é um dos grandes desafios da Assembleia da República”, apontou Rui Tavares, esperando que o PS dialogue nesta legislatura e que haja abertura de todos os partidos à esquerda.

Rui Tavares afirmou que a “esquerda verde europeia regressa ao parlamento para ficar”.

O historiador e fundador do Livre falava na Casa do Alentejo, em Lisboa, minutos depois de saber que foi eleito para o parlamento, numa sala com cerca de uma centena de apoiantes, declarando que “a esquerda verde europeia regressa ao parlamento para ficar”.

Admitindo que desejava ter eleito um grupo parlamentar, objetivo do partido nestas eleições, e que havia uma “barreira da descrença” que precisava de ser ultrapassada, Tavares ressalvou que apesar de tudo não foi eleito sozinho porque no Livre “trabalha-se em equipa”.

“Sabemos que é em certa medida uma segunda oportunidade que nos é dada, sabemos que não vamos pedir uma terceira, vamos trabalhar com muito afinco (…) E vamos nas próximas eleições recuperar o caminho que nos falta recuperar e que perdemos para representar toda a gente que se revê na esquerda verde europeia em Portugal”, afirmou.