Cabeça-de-lista pelo Livre nas últimas europeias, Rui Tavares disse hoje que irá refletir sobre se “tem condições” e vontade para se propor como candidato nas primárias do partido, frisando que a decisão “não está fechada”.
A “ponderar” sobre se apresenta uma candidatura às “primárias abertas” do Livre para as eleições ao Parlamento Europeu de 26 de maio, Rui Tavares apelou a todos os que se reveem no programa e princípios do partido para que participem no processo de escolha dos candidatos.
“Para que Portugal possa ter uma posição forte na Europa, é muito importante que as próximas eleições europeias não sejam acerca do caso do dia”, defendeu o ex-eurodeputado independente, eleito em 2009 nas listas do BE, em declarações aos jornalistas no final do VII Congresso do partido, que decorreu hoje em Lisboa.
Para Rui Tavares, as próximas eleições europeias “são aquelas que podem salvar ou quebrar o projeto europeu” e exigem em primeiro lugar um debate acerca da necessidade de uma “profunda democratização” das instituições, da qual dependerá o futuro do projeto europeu.
O historiador sustentou que o programa que o Livre apresentará às eleições de 26 de maio representa “uma esquerda verde e europeísta” e um projeto “progressista e ecológico”.
“O Livre vai bater-se por uma profunda democratização do projeto europeu. Nós achamos que o projeto europeu é um património para a Humanidade, que não pode ser abandonado”, defendeu, rejeitando que o propósito seja “difícil ou irrealista”.
“Difícil ou irrealista foi provado ser a via da desvalorização externa, do desligar Portugal do projeto do euro e da União Europeia e concentrar todos os nossos problemas no exterior como se fossem todos do exterior”, considerou.
O partido Livre aprovou hoje em Congresso o programa que apresentará às eleições para o Parlamento Europeu de 26 de maio, que prevê um “novo pacto” para uma Europa “mais democrática” e direitos laborais reforçados.
O processo de “eleições primárias” hoje iniciado pelo Livre para escolher os candidatos do partido ao Parlamento Europeu é aberto a todos os que se revirem no programa e princípios partidários, através da apresentação de uma candidatura, que será sujeita a votação.
Com uma direção coletiva, o Livre foi fundado em 2014 e obteve nas últimas eleições europeias, em 2015, 2,18% dos votos.
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