O Governo do Reino Unido explicou, em comunicado, que o pacto – negociado pelos ministros do Interior dos dois países e assinado hoje em Paris – vai permitir “partilhar informação”, organizar “melhores respostas rápidas”, coordenar eventos conjuntos e cooperar “de uma maneira mais eficiente”, em situação de ataque ou qualquer outro incidente.
As medidas acordadas vão dar mais competências aos organismos de segurança e emergência, além de facilitarem a colaboração entre os dois países.
O Governo britânico destaca que o tratado – que entrará em vigor quando for ratificado por ambos os Parlamentos – visa mitigar os efeitos de “um incidente de ameaça à segurança numa balsa ou navio de grande porte no Canal” e não se destina a “combater a imigração ilegal”, para a qual existem outros acordos.
Exemplo de situação em que este acordo pode ser importante, hoje, 88 migrantes foram resgatados ao largo de Boulogne-sur-Mer, no norte de França, quando tentavam chegar à Inglaterra em três embarcações.
Um barco de patrulha da Marinha britânica recuperou 11 dos náufragos e um rebocador fretado pela Marinha francesa recuperou 77 outros, tendo todos chegado a terra sãos e salvos, tendo sido acolhidos em Boulogne-sur-Mer.
A partir de Paris, onde se reuniu com vários representantes do Governo francês, o chefe da diplomacia britânica, Dominic Raab, declarou que, “como aliados próximos, é vital que o Reino Unido e a França trabalhem juntos para proteger os cidadãos”.
Raab e o ministro da Defesa britânico, Ben Wallace, debateram com os seus colegas franceses questões como a segurança na Europa, África e Médio Oriente, bem como as relações com a Rússia, China, Irão e Afeganistão.
Os ministros dos dois países também discutiram o tratado comercial pós-‘Brexit’, a luta contra a pandemia de covid-19 e a próxima cimeira do clima, que será realizada no Reino Unido em novembro.
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