“A atitude de Israel em relação às crianças e às mulheres é igual ao terrorismo, não tem como dizer outra coisa”, disse Luiz Inácio Lula da Silva, numa transmissão ao vivo, que realiza semanalmente, nas redes sociais, afirmando que sabendo que há um lugar “cheio de criança” mesmo que haja “um monstro lá dentro” não se pode “matar as crianças”, é preciso “matar o monstro sem matar as crianças”.
O Presidente brasileiro lembrou que condenou os ataques terroristas do Hamas em território israelita, mas também fez críticas pelas mais de 10 mil mortes causadas pelos bombardeamentos realizados por Israel em Gaza.
“Essa guerra, do jeito que vai, ela não tem fim (…) Temos que garantir a criação de um Estado palestiniano para que eles possam viver em paz com o povo judeu”, afirmou o chefe de Estado para reforçar a posição da diplomacia brasileira, que apoia a criação de dois estados para solucionar os conflitos naquela região.
Lula da Silva lembrou ainda o recente veto dos Estados Unidos a uma resolução apresentada pelo Brasil no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para criar corredores humanitários, que considerou “incompreensível e inadmissível”, e pediu a eliminação do direito de veto dos membros permanentes.
A guerra em Gaza começou após o grupo islamita Hamas lançar, em 07 de outubro, um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de militantes armados, fazendo mais de duas centenas de reféns. O ataque fez também mais de 1.400 mortos em Israel, incluindo mulheres e crianças.
Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade, agravando a situação humanitária naquela região.
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