“Até terça-feira (entre os dias 23 e 29 de agosto), a CSR recolheu um total de 11.299,78 toneladas de lixo”, afirmou a empresa numa resposta escrita.
A média diária de resíduos na cidade é de aproximadamente 800 toneladas, segundo a empresa.
O tufão Hato, que provocou dez mortos e mais de 240 feridos em Macau, causou grandes inundações, nomeadamente nas zonas do Porto Interior e da Barra.
Quatro dias depois, o território foi atingido por outra tempestade tropical, o Pakhar, o que complicou os trabalhos de limpeza.
As dificuldades relacionadas com o processamento do lixo verificaram-se em toda a linha, da recolha, ao transporte até ao tratamento.
Centenas de voluntários e mil militares da Guarnição em Macau do Exército de Libertação do Povo chinês participaram em trabalhos de resposta à catástrofe, nomeadamente na remoção dos resíduos e detritos.
Entretanto, foram criados 40 novos pontos de recolha de lixo na cidade.
“A CSR tem cerca de 700 trabalhadores e eles ainda não tiveram folga desde o tufão. Além disso, alugámos mais veículos e recrutámos pessoal adicional depois do tufão”, disse a empresa à Lusa.
“Atualmente, todas as áreas inundadas estão a ser limpas, especialmente as do Porto Interior”, acrescentou a CSR.
Exatamente uma semana depois da passagem do Hato por Macau, ainda se vê muito lixo a ser despejado pelos lojistas e residentes dentro e à volta dos contentores, como por exemplo na Rua Praia do Manduco, perto do Templo de A-Ma, na Barra.
“Agora Macau tem uma enorme quantidade de resíduos porque os cidadãos também não respeitam as regras para se desfazerem do lixo, mesmo quando as coisas não inundaram, e é por isso que o lixo afeta Macau há tanto tempo”, argumentou a empresa.
Sobre o tratamento a dar aos resíduos após a recolha, a CSR respondeu que “o lixo doméstico que pode ser queimado é entregue no incinerador, caso contrário vai para o aterro”.
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