O chefe de Estado francês prometeu ajuda financeira às cidades para reparações relativas a “estradas, estabelecimentos municipais e escolas”.
“Vamos ser extremamente firmes e claros com as seguradoras, município a município”, assegurou Macron, durante a reunião com autarcas no Eliseu, o palácio presidencial em Paris.
Apesar de ter expressado uma posição de prudência na reunião com os autarcas, Macron admitiu que o pico da violência já foi ultrapassado, após várias noites de distúrbios em várias cidades francesas na sequência da morte do jovem Nahel de 17 anos, atingido a tiro pela polícia durante um controlo de trânsito em Nanterre (nos arredores de Paris) no passado dia 27 de junho.
“Esta é a nossa maior prioridade, é o que todos procuramos”, disse o líder francês, referindo-se ao regresso à normalidade, após uma série de tumultos que levaram à detenção de mais de 3.400 pessoas.
“Vamos apresentar uma lei de emergência para acelerar todos os prazos, para ter um processo rápido para reconstruir”, disse o chefe de Estado.
Macron também prometeu apoio às comunidades “para poderem reparar muito rapidamente” equipamentos de videovigilância avariados.
Depois de ouvir muitos dos cerca de 250 autarcas presentes, Emmanuel Macron reconheceu não haver “unanimidade na sala” sobre as soluções a dar após a morte de Nahel.
Macron também manifestou aos autarcas todo o seu apoio e reconhecimento pela atuação perante os motins.
“Se vocês estão aqui é porque foram vítimas direta e pessoalmente, porque as vossas famílias e entes queridos foram afetados”, disse o governante, agradecendo o esforço para conter os atos de violência.
“Quero agradecer com a mesma solenidade com que agradeci à polícia, agentes municipais e bombeiros pelo vosso trabalho”, comentou o Presidente francês.
O Presidente francês lamentou que as redes sociais tenham contribuído para dar mais relevo aos distúrbios, evocando “um desejo de vingança” pela morte de Nahel.
Segundo a associação patronal francesa Medef, os distúrbios já provocaram danos avaliados em cerca de mil milhões de euros: 200 estabelecimentos comerciais foram totalmente pilhados e 300 agências bancárias ficaram destruídas, assim como 250 quiosques de rua.
A Medef não incluiu ainda a previsão do eventual impacto dos incidentes na imagem da França relativamente ao turismo.
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