“Estamos num momento de clarificação indispensável da política turca na Líbia, que para nós é inaceitável”, declarou Macron, durante uma conferência de imprensa com a chanceler alemã, Angela Merkel, no final de uma reunião bilateral.
Na Líbia, palco de uma guerra civil desde 2011, o “principal interveniente exterior é a Turquia”, apontou o Presidente francês.
A Turquia, presidida por Recep Tayyip Erdogan, “não respeita nenhum dos seus compromissos da conferência de Berlim (organizada em janeiro), aumentou a presença militar na Líbia e reimportou, massivamente, combatentes ‘jihadistas’ a partir da Síria”, criticou Macron.
“É a responsabilidade histórica e criminal da Turquia, que diz ser membro da NATO”, acrescentou.
O Presidente francês já tinha acusado Ancara, a 22 de junho, de estar a fazer um “jogo perigoso” na Líbia, sobre o qual disse que era uma nova demonstração da “morte cerebral” da NATO.
A Turquia tornou-se no principal apoio internacional do Governo de Acordo Nacional (GAN) de Tripoli, que no início de junho recuperou o controlo de todo o noroeste da Líbia, reduzindo a zona de influência das forças do marechal Khalifa Haftar, o homem forte do leste do país.
O Presidente francês disse também que deseja mudar a “falsa ideia”, negando um alegado apoio francês ao marechal Haftar, mas que o seu país trabalha para uma solução de paz “duradoura”.
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