Numa conversa telefónica, Macron “exprimiu a sua preocupação sobre a situação de Loup Bureau”, um jornalista ‘freelancer’ detido há perto de três semanas na Turquia, e disse esperar que este “possa regressar a França o mais rapidamente possível”, adiantou num comunicado.
“Em relação a esta última questão, os dois dirigentes acordaram voltar a falar na próxima semana”, precisou.
Loup Bureau, que colaborou com os canais TV5 Monde e Arte, bem como com o ‘site’ Slate, foi detido a 26 de julho na fronteira entre o Iraque e a Turquia, por ter na sua posse fotografias onde surge na companhia de combatentes curdos sírios das Unidades de Proteção Popular (YPG), organização considerada por Ancara como “terrorista”.
As autoridades turcas consideram-no suspeito de pertencer a “uma organização terrorista armada”, o que Loup Bureau nega.
O pai do jornalista francês criticou a 11 de agosto a “obstinação” das autoridades turcas e lamentou o “silêncio geral” da classe política francesa desde a detenção do seu filho.
As organizações de defesa da liberdade de imprensa denunciam regularmente ataques a este direito por parte das autoridades da Turquia, que ocupa o 155.º lugar em 180 na classificação 2017 de liberdade de imprensa estabelecida pelos Repórteres sem Fronteiras (RSF).
Macron e Erdogan evocaram ainda durante a conversa telefónica a situação na Síria, tendo o primeiro “reiterado a vontade de continuar o diálogo estreito com a Turquia sobre a luta contra o terrorismo e a procura de uma solução política” para a guerra na Síria, segundo o Eliseu.
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