“Não vejo a possibilidade de um consenso”, disse, e quando a Turquia desencadeou em outubro uma ofensiva no norte da Síria contra milícias curdas estabelecidas na zona fronteiriça, e que Ancara define como “terroristas”.
As milícias curdas Unidades de Proteção do Povo (YPG) apoiaram a coligação internacional liderada pelos EUA no combate contra o grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico (EI) e outras organizações similares.
“É claro que não estamos de acordo para considerar como grupo terrorista as YPG e o PYD [Partido da união democrática, a principal formação política dos curdos sírios] e julgo que nesse aspeto existe um consenso”, disse numa referência aos restantes Estados-membros da NATO, à exceção da Turquia.
“Combatemos o PKK [Partido dos Trabalhadores do Curdistão] e todos os que praticam atividades terroristas contra a Turquia, de forma clara, mas não fazemos esta agregação desejada pela Turquia entre os diversos grupos políticos e militares, e assim existe um desacordo, que não foi ultrapassado”, sublinhou.
O PKK, uma organização separatista curda em luta armada desde 1984 contra o poder central turco, é definida como organização terrorista pela Turquia e diversos países, incluindo França e Estados Unidos.
As relações entre Paris e Ancara permanecem tensas após o início da mais recente ofensiva militar turca no norte sírio contra a milícia curda YPG, uma aliada decisiva no combate ao EI.
A Turquia tem criticado o apoio da França às Forças democráticas sírias (FDS) e que incluem as YPG, consideradas por Ancara uma extensão do PKK.
Na tarde de terça-feira, um encontro entre Emmanuel Macron, a chanceler alemã Angela Merkel, o primeiro-ministro britânico Boris Johnson e o Presidente turco Recep Tayyip Erdogan, no âmbito da reunião da NATO, não permitiu ultrapassar “todas as ambiguidades”, segundo o Presidente francês.
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