“Os vossos colegas caíram sob os golpes de um islão distorcido e portador de morte que nos cabe erradicar”, disse Macron, apelando a “toda a nação” para “se mobilizar” face à “hidra islamita”, uma referência ao monstro mitológico.

“Não é, em caso algum, um combate contra uma religião, mas contra o seu desvirtuamento, que conduz ao terrorismo”, afirmou.

Macron presidiu hoje a uma homenagem aos quatro funcionários da prefeitura de polícia de Paris mortos por um colega radicalizado, um incidente sem precedente em França.

O Presidente, acompanhado do primeiro-ministro, Édouard Philippe, e dos ministros do Interior, Christophe Castaner, da Justiça, Nicole Belloubet, e das Forças Armadas, Florence Parly, falou às centenas de pessoas, colegas e familiares das vítimas, que se juntaram no pátio da prefeitura de polícia para a cerimónia.

O autor do ataque, Mickaël Harpon, foi abatido por um agente no pátio da sede da polícia da capital francesa.

O ministro do Interior condecorou a título póstumo com a Legião de Honra as quatro vítimas: Damien Ernest, major, Anthony Lancelot, agente, Brice Le Mescam, adjunto administrativo principal e Aurélia Trifiro, agente.

Os quatro caixões foram colocados no centro do pátio, cobertos com a bandeira de França.

Mickaël Harpon, um informático de 45 anos que trabalhava desde 2003 na direção de informações da prefeitura de polícia de Paris, atacou na quinta-feira vários colegas com uma faca, matando quatro deles e ferindo um outro, e acabou por ser abatido por um polícia no pátio do edifício.

Segundo o procurador antiterrorista Jean-François Ricard Harpon, Harpon “terá aderido a uma visão radical do Islão” e estava em contacto com pessoas do “movimento salafista”, ultraconservador.

O Governo, e sobretudo o ministro do Interior, têm sido alvo de críticas por não conseguirem explicar como não foi detetada a radicalização de um funcionário da polícia.

A oposição de direita e de extrema-direita qualifica o caso como um “escândalo de Estado” e exige a demissão de Christophe Castaner.

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