Num dia em que os combates se intensificaram nos arredores da capital líbia, o Presidente francês pediu ao homem forte do leste da Líbia para que o fim das hostilidades “seja uma realidade o mais cedo possível”, segundo a Presidência francesa.

No entanto, reconheceu o palácio presidencial, “a desconfiança entre os atores líbios é mais forte que nunca” e assiste-se “ao impasse entre o desejo da comunidade internacional para um fim das hostilidades e a maneira de ver do marechal Haftar”.

O militar líbio não prestou declarações no final da reunião, que demorou mais de uma hora.

Durante a reunião, com a presença do ministro dos Negócios Estrangeiros francês Jean-Yves Le Drian, o marechal “explicou e justificou longamente”, segundo a Presidência francesa, a ofensiva militar que desencadeou no início de abril sobre Tripoli, para combater “as milícias privadas e os grupos radicais” cuja influência aumenta na capital.

O seu autoproclamado Exército Nacional Líbio (ENL) enfrenta a resistência das forças reunidas em torno do Governo de Acordo Nacional (GAN) reconhecido pelas instâncias internacionais e com sede em Tripoli.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, os combates já provocaram desde 04 de abril mais de 510 mortos e 2.467 feridos.

O marechal Haftar, apoiado entre outros pelo vizinho Egito e Arábia Saudita, apresentou a Macron a situação no terreno como “em progresso e dinâmica”, ao afirmar que consolidava “progressivamente as suas posições”.

No final da reunião, mostrou-se “convencido ser indispensável o reinício do processo político”, mas “não indicou se irá protagonizar uma abertura” nesse sentido, segundo a Presidência francesa.