
“Acho que vamos ter uma noite mais tranquila. Eu não gosto de fazer prognósticos, mas acho que vai ser mais tranquila”, afirmou.
Miguel Albuquerque falava aos jornalistas depois de ter votado numa assembleia de voto instalada numa escola na freguesia de São Martinho, no Funchal, já perto das 13:00.
“Estou preparado para qualquer cenário”, afirmou, para logo acrescentar: “O que vai determinar o cenário é a votação dos eleitores. É assim a democracia. E depois da votação, nós fazemos as leituras que temos que fazer.”
O candidato e líder do Governo Regional minoritário do PSD disse, por outro lado, que não prevê um crescimento da abstenção, apesar de esta ser a terceira eleição regional em cerca de um ano e meio.
“É óbvio que as pessoas estão cansadas, mas o que eu deduzi da campanha é que as pessoas queriam resolver esta situação de instabilidade e, por isso, estavam dispostas a fazer esta ida às urnas e acho bem que façam”, sustentou.
Albuquerque disse que hoje vai almoçar com a família e depois irá à missa às 18:00, seguindo depois para a sede do partido, no centro do Funchal, vincando também que não está nervoso.
“Se eu sofresse de nervos e de histeria, já não estava na política há muito tempo”, disse, reforçando: “Já passei por muita coisa. Estive 19 anos na Câmara [Municipal do Funchal], agora estou já há quase 11 anos no Governo, com todos os altos e baixos”.
O candidato social-democrata disse ainda que a política “não é para toda a gente” e explicou, com humor, quais as características necessárias para lá estar: “Temos que ter as características do elefante: uma boa pele grossa, uma boa memória e um comprido e inquisitivo nariz”.
As secções de voto distribuídas pelas 54 freguesias dos 11 concelhos da Região Autónoma da Madeira estão abertas entre as 08:00 e as 19:00.
De acordo com dados da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, o número de inscritos “habilitados para votar” na eleição de hoje é de 255.380, dos quais 249.840 na ilha da Madeira e 5.540 na ilha do Porto Santo.
O concelho do Funchal é o que tem o maior número de eleitores inscritos, 104.667, seguido de Santa Cruz, com 40.146, e de Câmara de Lobos, com 32.810. O município com menos eleitores é Porto Moniz, com 3.007.
Segundo o mapa oficial publicado em Diário da República das anteriores eleições regionais madeirenses, em maio de 2024, estavam inscritos nessa altura 254.522 eleitores, tendo votado 135.917. Ou seja, em comparação com as eleições realizadas há 10 meses, hoje podem votar mais 858 eleitores.
Às legislativas de hoje da Madeira, as terceiras em cerca de um ano e meio, concorrem 14 candidaturas que vão disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo único: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS-PP.
Nas legislativas regionais, o representante da República, cargo ocupado por Ireneu Barreto, convida uma força política a formar governo em função dos resultados (que têm de ser publicados), após a auscultação dos partidos com assento parlamentar na atual legislatura.
Encabeçam as candidaturas deste ano Edgar Silva (CDU), Miguel Albuquerque (PSD), Marta Sofia Silva (Livre), Élvio Sousa (JPP), Paulo Azevedo (Nova Direita), Mónica Freitas (PAN), Raquel Coelho (Força Madeira), Paulo Cafôfo (PS), Gonçalo Maia Camelo (IL), Paulo Brito (PPM), Roberto Almada (BE), Miguel Castro (Chega), Miguel Pita (ADN) e José Manuel Rodrigues (CDS-PP).
As eleições antecipadas ocorrem na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega - que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional, inclusive o presidente, Miguel Albuquerque (PSD) – e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.
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