“Neste momento, a nossa intenção, no próximo ano, é que a região esteja dotada do helicóptero do combate a incêndios durante o ano todo”, afirmou Miguel Albuquerque
O chefe do executivo madeirense falava na inauguração do espaço de disponibilizado pelo Serviço Regional de Proteção Civil para promoção do treino dos operacionais em ações de socorro em teleférico, que destacou ser “o único na Península Ibérica”.
O governante insular argumentou que com as alterações climáticas, o “incêndio mais grave” registado na Madeira este ano ocorreu em fevereiro, no inverno, na freguesia da Ponta do Pargo, concelho da Calheta, na zona oeste da ilha.
“Isto equivale a dizer que temos de estar dotados deste helicóptero o ano todo”, vincou.
Para o efeito, complementou, o Governo Regional vai “inserir no próximo Orçamento Regional (2021) uma verba para abrir concurso para que já a partir o próximo junho do próximo ano este meio aéreo fique na região o ano todo”.
Este ano, o helicóptero permanece no arquipélago entre 15 de junho a 30 de novembro, durante a vigência do Plano Operacional de Combate a Incêndios Florestais da Madeira (POCIF), tendo efetuado este verão mais de 400 descargas e percorrido 122 mil quilómetros em ações de vigilância e combate a diversos focos na região.
Miguel Albuquerque adiantou que a verba a ser inscrita “não vai fugir a dois milhões de euros”, realçando ser uma verba importante para “o trabalho e a eficácia que o helicóptero tem demonstrado na salvaguarda das vidas e do património da região”.
“Acho que é verba bem aplicada”, reforçou, criticando que este valor “não seja enquadrado nos deveres gerais do Estado, [porque] nos termos da Constituição compete-lhe essas funções”.
O presidente do executivo da Madeira de coligação PSD/CDS argumentou que “o Estado e o Governo em Portugal não cumprem a Constituição”, e a Madeira, “mais uma vez, é discriminada nessa área”
“Mas não podemos estar à espera do Governo da República para resolver os problemas da Madeira”, sublinhou.
Sobre o centro de formação hoje inaugurado, realçou a sua importância, visto a região dispor de “uma série de infraestruturas de teleféricos espalhadas pela ilha”.
“Provavelmente, no futuro vamos ter mais, e é necessário termos o nosso pessoal da Proteção Civil formado com equipas específicas para um resgate ou qualquer acidente que ocorra num dos teleféricos”, mencionou.
Miguel Albuquerque salientou que “este é o primeiro centro de formação na Península Ibérica com este fim específico, o que também é uma mais-valia quer para a Proteção Civil Regional quer para a Madeira”.
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