O resultado revelou que quanto menor é a escolaridade dos entrevistados maior a propensão para posições autoritárias. Em sentido inverso, à medida em que cresce a escolaridade, diminui a propensão de apoiar estas posições.
No que se refere a faixa etária, o estudo indica que na faixa entre os 16 e os 24 anos há uma maior propensão de adesão a posições autoritárias em proporção ligeiramente superior à população no intervalo etário 35-44 anos.
“Considerando os novos grupos e movimentos políticos que ganharam destaque após as manifestações de 2013 e o ‘impeachment’ da [ex-Presidente] Dilma Rousseff, a juventude surge como um fator central para a explicação da atual forte propensão ao autoritarismo captada pelo índice”, indica a análise.
O aumento do autoritarismo no Brasil também está presente nas intenções de votos das próximas eleições presidenciais do país, que serão disputadas em 2018.
O pré-candidato Jair Bolsonaro, cujos discursos apelam para retóricas punitivas, sexistas, racistas e xenófobas tem aparecido com destaque nas sondagens.
Na última sondagem sobre a eleição presidencial de 2018, divulgada pelo Instituto Datafolha no final de setembro, Jair Bolsonaro foi o candidato apoiado por 15% a 17% dos brasileiros, dependendo do cenário e dos adversários, ficando assim em segundo lugar.
A sondagem “Medo da Violência e Autoritarismo no Brasil” foi aplicada em 2.087 entrevistas, em uma amostra estatisticamente representativa da população brasileira com 16 anos ou mais e em 130 municípios de pequeno, médio e grande porte, entre os dias 7 e 11 de março de 2017.
A margem de erro da sondagem é de 2,0 pontos para mais ou para menos, considerando um intervalo de confiança de 95%.
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