Segundo a agência governamental do país asiático, a situação concentra-se principalmente nas regiões de Shaanxi (oeste), Sichuan (centro), Guizhou (centro), Yunnan (sudoeste), Anhui (leste) e Jiangsu (leste), além da cidade de Chongqing (centro).
Entre os casos mais críticos, quatro rios de Chongqing, onde chuvas fortes e constantes causaram hoje a morte de seis pessoas, ultrapassaram o nível de proteção.
As autoridades esperam que o rio Yangtsé, na bacia superior, atinja os níveis de inundação nos próximos dias, enquanto o rio Qujiang também ultrapassará o nível de alerta.
Nas regiões de Jiujiang, Datong, Lago Poyang e Xiushui em Jiangxi (centro), os níveis dos rios permanecerão acima do nível de alerta, enquanto as secções inferiores do rio Wusuli em Haiqing (Heilongjiang, nordeste) deverão recuar abaixo do nível de alerta.
Perante esta situação, as autoridades recomendaram a intensificação da inspeção e da drenagem das barragens, especialmente na zona de Tuanzhou (centro de Hunan).
Foram ativados diferentes níveis de resposta de emergência: nível 3 em Anhui, Jiangxi e Hunan, e nível 4 em Heilongjiang, Jiangsu, Hubei, Chongqing e Sichuan. Além disso, Hubei ajustou o seu nível de resposta para o nível 4. No sistema do país asiático o nível mais elevado é o 1.
A Administração Estatal de Supervisão Financeira estimou hoje que as inundações causaram até agora perdas de 3,21 mil milhões de yuan (408 milhões de euros) nas regiões de Hunan, Zhejiang (leste), Anhui, Fujian (sudeste), Jiangxi, Cantão (sul), Guangxi (sul) e Guizhou.
Em termos de indemnizações de seguros, foram registados até agora 95.000 casos, com indemnizações e pré-compensações superiores a 1,1 mil milhões de yuan (140 milhões de euros).
No caso dos seguros agrícolas, foram registados 29.000 pedidos de indemnização, com perdas estimadas em 1,08 mil milhões de yuan (137 milhões de euros) e indemnizações e pré-compensações no valor de 280 milhões de yuan (35,5 milhões de euros).
As autoridades mobilizaram mais de 46.000 homens e 30.000 veículos de inspeção e salvamento para fazer face à situação, segundo o jornal The Paper.
Nas últimas semanas, as fortes chuvas provocaram a retirada de centenas de milhares de pessoas em províncias como Anhui (leste) e Cantão (sudeste) e o rebentamento de uma barragem na província de Hunan (centro).
Nos últimos verões, as catástrofes meteorológicas causaram grandes estragos no país asiático: os meses de verão de 2023 foram marcados por inundações em Pequim que causaram mais de 30 mortos, enquanto em 2022, várias ondas de calor extremas e secas atingiram o centro e o leste do país.
Em julho de 2021, chuvas de uma intensidade que não se via há décadas fizeram cerca de 400 mortos na província de Henan, no centro do país, que o Governo chinês atribuiu a uma “falta de preparação e de perceção dos riscos” por parte das autoridades locais.
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