Em declarações à Lusa, o comandante Paulo Cardoso, do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Santarém, disse que os operacionais no terreno têm estado a "concentrar a sua ação na defesa de pessoas e habitações", tanto em Abrantes como em Sardoal.

Referiu também que os dois incêndios "estão separados por cerca de dois quilómetros e lavram em zona de floresta mas com alguns aglomerados populacionais de pequenas aldeias".

Segundo Paulo Cardoso, "não há registo de habitações queimadas mas sim de alguns anexos agrícolas e quintais com lenha", tendo acrescentado que "apenas um bombeiro teve um ferimento ligeiro" e que "continua no terreno".

Com o cair da noite, observou, os meios aéreos desmobilizaram, cerca das 20:30, altura em que o combate "começou a ser dividido entre a parte florestal e a defesa de pessoas e bens".

Paulo Cardoso disse ainda que estão mais reforços "em trânsito" para Andreus, em Sardoal, cujo incêndio começou às 18:38 e mantinha duas frentes ativas duas horas depois, com equipas de Lisboa e Santarém do Grupo de Reforço para Incêndios Florestais (GRIF), o que "vai implicar um reforço de 68 homens no terreno".

Em Sardoal estavam, às 20:30, 79 operacionais apoiados por 24 viaturas.

O "vento forte e as condições do terreno" foram as duas principais dificuldades apontadas pelo responsável do CDOS nos dois locais.

O incêndio de maiores dimensões, que mantinha três frentes ativas às 20:30, lavra desde as 15h51 na freguesia de Fontes, concelho de Abrantes.

Este fogo, que deflagrou em zona florestal, estava a ser combatido às 20:30 por 350 bombeiros, apoiados por 109 viaturas.