Fontes humanitárias disseram à agência noticiosa espanhola EFE que os 52 camiões transportaram material médico, água e alimentos e entraram na Faixa de Gaza através de Rafah, que não é controlada por Israel e através da qual também foram feitas transferências de feridos e retiradas de estrangeiros e palestinianos com dupla nacionalidade.

No entanto, o novo carregamento de ajuda humanitária não inclui combustível, um recurso extremamente necessário para o funcionamento de hospitais, padarias, estações de purificação de água e até para a distribuição de ajuda em diferentes áreas do enclave.

Desde que Israel autorizou a entrada de ajuda humanitária através de Rafah, a 21 de outubro, chegaram a Gaza cerca de 600 camiões, uma média de 33 por dia, mas as autoridades israelitas continuam a impedir o acesso ao combustível, com receio de que este caia nas mãos do grupo islamita Hamas.

Várias organizações internacionais e a própria ONU denunciaram que a quantidade de ajuda que chega ao enclave é insuficiente, recordando que antes do início da guerra, a 07 de outubro, há um mês, entravam diariamente em Gaza cerca de 500 camiões de ajuda humanitária.

Cerca de 330 pessoas foram hoje retiradas, elevando para 1.400 o número total de estrangeiros e palestinianos com dupla nacionalidade que deixaram o enclave através do Egito desde 01 deste mês, dia em que os estrangeiros foram autorizados a sair de forma controlada.

Segundo o Cairo, o número total de palestinianos com passaportes estrangeiros e de cidadãos não egípcios que chegaram ao Egito é de cerca de 7.000 pessoas, oriundas de 60 países.

O processo de retirada, gerido pelo Cairo e por Telavive, está condicionado ao aumento da ajuda humanitária e às garantias de que não haverá um êxodo em massa para o Egito, uma das principais preocupações do governo do Presidente egípcio, Abdelfatah al-Sisi, que considera que isso representaria o fim da causa palestiniana.