O estudo, realizado em conjunto pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e a plataforma de sondagens Datafolha, indica que o número corresponde a 27,4% das brasileiras daquela idade e que 76,4% dos ataques foram perpetrados por alguém conhecido das vítimas, como o marido, vizinho ou ex-parceiro.
De acordo com o trabalho, a cada minuto três mulheres foram espancadas ou vítimas de tentativa de estrangulamento, e nove foram apalpadas ou agredidas fisicamente por razões sexuais nos últimos 12 meses.
Os dados indicam que, dessas 16 milhões de vítimas, 42% tinham entre 16 e 24 anos de idade.
As mais afetadas foram as mulheres negras, com 28,4% dos casos registados, seguidas pelas mulatas, com 27,5%. Em terceiro lugar ficou o grupo das mulheres de raça branca, com 24,7%.
Ainda segundo o estudo, ao longo do último ano, 1,6 milhões de mulheres sofreram espancamentos ou tentativas de estrangulamento e 1,7 milhões foram ameaçadas com armas brancas ou armas de fogo no Brasil.
Os números praticamente que triplicam para mulheres que foram apalpadas ou agredidas fisicamente por razões sexuais (4,6 milhões), ou seja, sob essas circunstâncias.
O mesmo acontece com o número de mulheres que foram empurradas, pontapeadas ou espancadas, que, segundo a análise, foram 4,7 milhões durante o último ano, numa média de 536 mulheres agredidas dessa forma por hora.
Outras 12,5 milhões de mulheres foram vítimas de ofensas verbais, como insultos e humilhações no mesmo período.
O estudo concluiu que a maioria dos ataques ocorreu em casa (42%), enquanto que 29% tiveram lugar nas ruas. Os outros 19% são distribuídos entre a internet, trabalho e bares.
Comentários