De acordo com o regulador, em declarações à LUSA: "A ERS e a IGAS, após terem tido conhecimento dos factos relativos a eventuais casos relacionados com alegadas negligências ocorridas no Centro Hospitalar Universitário do Algarve - Hospital de Faro, decidiram, no quadro das suas competências, abrir respetivamente um processo de investigação e um processo de inquérito que permita o cabal esclarecimento destas acusações".
As duas entidade vão cooperar de modo a obter "todos os esclarecimentos necessários" sobre os alegados erros e casos de negligência denunciados à Polícia Judiciária por uma médica interna do hospital.
Estas denúncias levaram, na segunda-feira, o Ministério Público a instaurar um inquérito, que decorre no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Faro, e já hoje a Ordem dos Médicos anunciou a criação de uma comissão técnico-científica de peritos para avaliar os casos denunciados.
Em causa está uma queixa efetuada por uma médica interna na Polícia Judiciária e divulgada nas redes sociais sobre "11 casos ocorridos entre janeiro e março" no hospital de Faro de "erro/negligência" no serviço de cirurgia.
Segundo a médica, dos 11 doentes, "três morreram, dois estão internados nos cuidados intermédios, os restantes tiveram lesão corporal associada a erro médico, que variam desde a castração acidental, perda de rins ou necessidade de colostomia para o resto da vida".
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