Segundo a deputada municipal do Partido-Animais-Natureza (PAN), Diana Vianez, o facto de a corrida de touros sobre a qual vão exercer o protesto ser "a última permitida pela autarquia", após avançar com a proibição deste tipo de espetáculos no concelho, o partido "vai mostrar, sábado, que continua muito atento".
Explicando que a decisão da autarquia cinge a proibição a terrenos municipais, Diana Vianez precisou que a ideia da manifestação que precederá o início, pelas 22:00, da corrida de touros, "é alertar as pessoas contra a possibilidade de estas poderem continuar a ocorrer em terrenos privados ou em arenas amovíveis no concelho".
Denominada "Adeus tortura, bem-vinda cultura!" a manifestação, agendada para as 21:15, insere-se na luta desencadeada em 2010 pelo PAN “contra as corridas de touros na Póvoa de Varzim", procurando, assim, "fazer com que haja legislação que proíba, em todo o território nacional, esta prática".
No texto de apresentação da manifestação, os organizadores apelam "a todos os cidadãos, às associações de proteção animal e ambiental, aos mais variados movimentos cívicos e às diversas forças políticas" para que se "unam numa grande manifestação de repúdio a este cruel espetáculo".
O município da Póvoa de Varzim aprovou em junho a proibição dos espetáculos tauromáquicos a partir de janeiro de 2019, permitindo, contudo, um último, a realizar-se no sábado, uma iniciativa que a deputada municipal do PAN disse, "decorrer, talvez, de contratos já celebrados" e que a autarquia "não quis violar", antecipando o impedimento.
A manifestação, segundo Diana Vianez, durará até pouco depois do início da corrida de touros, tendo admitido à Lusa a possibilidade de "haver momentos de tensão", por parte das pessoas que gostam do espetáculo em resposta ao protesto que vai ser levado a cabo.
[Notícia corrigida às 20:17 de 11 de agosto — retifica, no segundo parágrafo, que a decisão da autarquia cinge a proibição a terrenos municipais e não à Praça de Touros; e, no terceiro parágrafo, que o objetivo é fazer com que haja legislação que proíba a prática em todo o território nacional e não apenas municipal, como se lia numa versão anterior deste artigo]
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