Entre os detidos pela polícia russa está um dirigente da oposição, Lyubov Sobol, que é também jurista do Fundo Anticorrupção, ao qual as autoridades eleitorais negaram o registo da candidatura.

De acordo com a agência Associated Press, Lyubov Sobol foi detido por agentes anti-distúrbios quando apanhava um táxi para se dirigir ao local dos protestos.

O líder da oposição encontrava-se há 20 dias em greve de fome, para exigir a inscrição da sua candidatura.

Num vídeo publicado na rede social Twitter foram reveladas imagens de vários polícias, protegidos com capacetes, a cercarem o táxi e a empurrarem o político, “no meio de um enxame de repórteres e fotógrafos”, para o interior de uma carrinha, segundo a agência EFE.

Segundo a EFE, vários manifestantes foram detidos perto das praças de Pushkin e Trunbaya.

Segundo dados divulgados pela polícia, até às 14:30 locais (12:30 em Lisboa), foram presas 30 pessoas, alterações à ordem pública.

A organização não-governamental OVD-Info avançou, inicialmente, a detenção de cerca 200 manifestantes, número que subiu para, pelo menos, 600 pessoas detidas pela polícia russa.

Na praça Trunbaya, onde algumas centenas de pessoas se encontravam concentradas, os agentes da polícia de choque começaram a deter os manifestantes depois de terem avisado, através de alto-falantes para desimpedirem a passagem de pedestres e veículos.

As autoridades de Moscovo mobilizaram para o local um forte dispositivo policial, incluindo helicópteros, para impedir a manifestação da oposição, convocada para o Anel dos Boulevards, que praticamente circunda o centro de Moscovo.

A manifestação não autorizada de hoje segue-se a outra convocada para o último sábado, pelo mesmo motivo e que foi “violentamente dissolvida pela polícia”, refere a EFE,

Durante esse dia, pelo menos 1.400 pessoas foram detidas, incluindo quase todos os líderes que convocaram o protesto, os quais foram posteriormente condenados a diversas penas de prisão administrativa.