Os manifestantes entraram no prédio e saquearam-no, segundo várias emissoras de televisão. Nas imagens, espessas nuvens de fumo preto podiam ser vistas a subir do perímetro do prédio.

Outros órgãos de comunicação garantem que uma parte do edifício foi incendiada. O Parlamento estava vazio quando foi invadido pelos manifestantes, já que era feriado.

Uma retroescavadora conduzida por um manifestante partiu parte da porta do recinto do prédio, o que facilitou a entrada dos manifestantes, segundo as imagens disponibilizadas.

Em comunicado, o Parlamento reconheceu na noite desta sexta-feira "o direito dos cidadãos a manifestarem-se pacificamente", mas condenou "os atos de vandalismo e o incêndio" da sede do governo.

Já o primeiro-ministro do governo com sede em Trípoli, Abelhamid Dbeibah, expressou no Twitter que "unia a sua voz" à dos manifestantes e pediu a organização de eleições.

A Líbia está assolada pelo caos desde a queda do regime de Muammar Kadhafi, em 2011.

Desde março, dois governos disputam o poder, um com sede em Trípoli e liderado por Dbeibah desde 2021 e outro a mando de Fathi Bachagha apoiado pelo Parlamento de Tobruk e pelo marechal Khalifa Haftar, o homem forte do leste do país.

A manifestação ocorre também num momento em que o país passa por cortes de energia, agravados pelo bloqueio de várias instalações petrolíferas.

A Líbia pretendia organizar eleições presidenciais e legislativas em dezembro de 2021, após um processo de paz liderado pela ONU depois da explosão da violência em 2020. Mas as eleições foram adiadas devido a fortes diferenças entre rivais políticos e tensões no terreno.

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