“Os protestos contra a ditadura continuarão conforme programado e em total coordenação com as autoridades israelitas”, disseram os organizadores em comunicado.

Além disso, os promotores das manifestações enviaram as condolências aos familiares das vítimas dos ataques de sexta-feira em Telavive e na Cisjordânia e anunciaram que as manifestações de hoje começarão com um minuto de silêncio em sua memória, seguido do hino nacional.

“Continuaremos a lutar contra a ditadura como se não houvesse guerra contra o terrorismo e continuaremos a apoiar as forças de defesa de Israel como se não houvesse luta contra a ditadura”, explicaram os organizadores, realçando que o Governo israelita falhou em todas as áreas.

Pelo menos um homem foi morto a tiro e cinco pessoas ficaram feridas, na sexta-feira à noite, num atentado no centro de Telavive, disse a organização de socorro israelita Magen David Adom (MDA), acrescentando que “todas as vítimas são turistas”.

Os protestos de hoje seguem-se a três meses de manifestações massivas contra a reforma judicial promovida pelo Governo de Benjamin Netanyahu que pretende conferir mais poder ao executivo em detrimento da justiça, cuja independência estaria profundamente prejudicada.

Embora Netanyahu tenha anunciado, recentemente, o adiamento dos processos legislativos para promover uma reforma acordada com a oposição nos próximos meses, os manifestantes mostraram a sua desconfiança quanto às reais intenções do primeiro-ministro e continuam a protestar semana após semana.

Face às manifestações deste sábado, a polícia anunciou o destacamento de milhares de agentes por todo o país com o objetivo de manter a ordem e a segurança pública.