Em 2001, dois manuscritos de Charles Darwin foram dados como desaparecidos e realizaram-se extensas buscas na biblioteca — que alberga cerca de 10 milhões de livros, mapas, manuscritos e outros artigos —, mas só em outubro de 2020 foram reportados como tendo sido roubados à polícia de Cambridgeshire, conta o The Guardian.
A força policial lançou uma investigação e notificou a Interpol, com a universidade a fazer um apelo mundial a quem tivesse informações sobre o paradeiro dos manuscritos de Darwin.
Quase um ano e meio mais tarde, os cadernos de apontamentos de Darwin - um deles com o esboço de 1837 de uma "Árvore da Vida" — foram devolvidos anonimamente a 9 de março. E de uma forma original: num saco de presente cor-de-rosa que ficou no chão de uma área pública da biblioteca, fora do escritório do bibliotecário, no quarto andar do edifício de 17 andares. E foi ainda deixada uma nota dactilografada direcionada ao bibliotecário, a desejar uma "Feliz Páscoa".
A zona não é coberta por câmaras de vigilância, pelo que não há forma imediata de se descobrir quem procedeu à devolução. Contudo, as entradas e saídas do edifício foram cobertas, assim como as salas de leitura especializadas, pelo que a investigação policial sobre o desaparecimento e posterior devolução dos cadernos de apontamentos está em curso.
Ao que tudo indica, os manuscritos estão em bom estado e sem sinais óbvios de manipulação ou danos significativos sofridos nos anos em que estiveram desaparecidos.
Os cadernos de notas deverão ser exibidos ao público a partir de julho, como parte da exposição "Darwin in Conversation" na biblioteca de Cambridge.
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