Marcelo Rebelo de Sousa, que se encontra em visita de Estado à Índia, foi questionado pela comunicação social sobre as acusações das autoridades venezuelanas no Museu Nacional, em Nova Deli, onde inaugurou uma instalação da artista portuguesa Joana Vasconcelos.
"Eu não queria estar a comentar, mas é conhecida a posição portuguesa. Portugal tem uma posição que tem sido uma posição de grande serenidade e de grande bom senso e de grande racionalidade, defendendo o diálogo, defendendo a prioridade à realização de eleições presidenciais que legitimem um processo pacífico de evolução futura", respondeu.
Segundo o chefe de Estado, "portanto, Portugal é o primeiro a querer, até pela comunidade portuguesa que lá existe, que o processo na Venezuela seja um processo sem ruído e sem questões que coloquem, do ponto de vista humano e do ponto de vista social e do ponto de vista da vida do dia a dia, problemas adicionais à comunidade portuguesa".
O Presidente da República tinha ao seu lado o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, que hoje considerou que a acusação dirigida pelas autoridades venezuelanas ao Governo português "não faz nenhum sentido" e afirmou que Portugal espera "que este pequeno incidente seja rapidamente ultrapassado".
"Por via diplomática, vamos ver se a Venezuela nos dirige algum pedido de esclarecimento. Naturalmente, nenhuma nota verbal que é apresentada às autoridades portuguesas fica sem resposta", acrescentou Augusto Santos Silva, em declarações aos jornalistas, num hotel de Nova Deli.
Na quinta-feira, as autoridades venezuelanas acusaram a TAP de permitir o transporte de explosivos e o embaixador de Portugal em Caracas, Carlos de Sousa Amaro, de interferir nos assuntos internos da Venezuela ao interceder pelo tio de Juan Guaidó, Juan Marques, que foi preso quando aterrou no mesmo voo da TAP.
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