"Se há uma lógica que é privilegiar as [estradas] nacionais para pesados ou criar condições de tal forma caras nas autoestradas que os convidem a isso, então tem que se olhar para o piso das nacionais", afirmou o chefe de Estado, que falava durante o percurso que hoje faz entre Lisboa e o Porto, num camião, pelo IC2 (também conhecido por Estrada Nacional número 1).
Acompanhado pela agência Lusa no troço entre Condeixa-a-Nova e a Mealhada, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que entende que se opte por se retirar os pesados das autoestradas, "atendendo à necessidade de fluidez do trânsito dos ligeiros" e para se evitar o desgaste do piso dessas vias.
No entanto, vincou, "se for essa a lógica, então é preciso encontrar alternativas e a alternativa significa garantir que o itinerário alternativo está em condições de renovação permanente ou de atenção permanente para ser utilizado pelos pesados".
"Não imagino o que seria a entrada e saída das autoestradas no Porto e em Lisboa [com uma grande quantidade de camiões]. Mas se é assim, tem que se olhar com mais atenção para alguns troços que não estão bem, nomeadamente este que estamos a percorrer e, provavelmente, há outros", disse Marcelo Rebelo de Sousa.
O Presidente da República iniciou hoje ao fim da manhã uma viagem de camião entre Lisboa e Porto para conhecer os problemas dos camionistas de longa distância, acompanhado ao longo de todo o trajeto pela comunicação social.
Marcelo Rebelo de Sousa partiu do Terminal de Carga Aérea do Aeroporto de Lisboa num camião de transporte de mercadorias da empresa TMP, conduzido por Fernando Frazão, fundador e presidente da associação "Motoristas do Asfalto", com quem já tinha estado em dezembro, na Mealhada.
Em Condeixa-a-Nova, passou a ser Alexandrina Santos, camionista de longo curso de 42 anos, a conduzir o camião em direção ao Porto, onde deve chegar ao final do dia.
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