Marcelo Rebelo de Sousa teve este gesto no final de um desfile náutico que assinalou o encerramento das comemorações dos 160 anos da Associação Naval de Lisboa, com cerca de 300 embarcações, ao qual se juntou, no catamarã “Gaivota do Mar".
Declarando-se "republicano confesso", o chefe de Estado afirmou ter "dificuldade em entender como é que se mudou o nome, e como ainda não voltaram a recuperar o nome histórico de Real Associação Naval de Lisboa, como outras instituições, que mantêm a sua denominação de origem".
Numa cerimónia na Associação Naval de Lisboa, em Belém, Marcelo Rebelo de Sousa descerrou uma placa assinalando a sua presença nestas comemorações e recebeu um diploma de presidente honorário desta instituição.
Em seguida, num curto discurso, o Presidente da República referiu que encontrou registos de várias visitas de chefes de Estado à Associação Naval de Lisboa, mas somente de um a galardoá-la, "na I República, o Presidente Bernardino Machado".
"E o acaso quis que ele galardoasse mas não assistisse à entrega, porque entretanto caiu o regime republicano, e foi já em regime militar que esta associação recebeu a comenda da Ordem Militar de Cristo", acrescentou.
O Presidente da República defendeu que "é altura de a República democrática galardoar uma instituição pioneira com 160 anos", e atribuiu-lhe o título de membro honorário da Ordem do Infante D. Henrique.
Antes, interveio o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, que salientou "como hoje é diferente a relação da cidade com o rio", atribuindo essa mudança às decisões tomadas em vários mandatos.
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