Em resposta à comunicação social, no fim de uma aula-debate sobre o 25 de Abril no Quartel do Carmo, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa declarou que não está arrependido do que disse nesse encontro: “Não, nada”.
O chefe de Estado reiterou a opinião de que Luís Montenegro tem “um estilo diferente” do anterior primeiro-ministro, António Costa.
“É um estilo que está a surpreender, vai surpreender. E por isso eu disse que há um lado imprevisível nele que tem a ver com essa imaginação, é verdade”, acrescentou.
O Presidente da República rejeitou que tenha feito apreciações ofensivas e que possam prejudicar a sua relação com o Governo: “Não, não, pelo contrário, foram muito explicativas, para jornalistas estrangeiros”.
“Para perceberem, por um lado, que há uma continuidade na área política onde se insere o primeiro-ministro, e para se perceber — que eles não percebiam — gestos e decisões que aparecem como inesperados, mas são imaginativos”, justificou.
Instado a explicar por que associou Luís Montenegro a “características rurais”, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu que vê no atual primeiro-ministro uma ligação ao “PSD profundo, que é um PSD de base rural-urbana”.
No seu entender, “o primeiro-ministro vem dessas raízes do PSD, apesar de ser muito mais novo, tem muito a ver com essas raízes”.
“Aliás, falava-se de um exemplo concreto de decisões que ele tinha tomado, que é a inovação, a imaginação e o inesperado, o efeito surpresa. Estava-se a falar da lista europeia”, enquadrou.
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