"Não há decisão nenhuma, muito menos há uma decisão que seja uma decisão tonta", afirmou o chefe de Estado, em declarações à agência Lusa, à entrada para um almoço com empresários da restauração, em Évora.

Marcelo Rebelo de Sousa disse que tem acompanhado com o primeiro-ministro os trabalhos preparatórios do plano de vacinação para a covid-19 e vincou que o documento, "antes de ser aprovado, tem de ser submetido ao Governo" e, depois, "o primeiro-ministro dará conhecimento ao Presidente da República".

"Aquilo que tenho visto especular, nalguns aspetos, é, no fundo, dizer que há fatias do povo português pela sua idade que não têm acesso urgente ou prioritário à vacina, como tenho visto formulado, é uma ideia tonta", referiu.

O chefe de Estado notou que "é de presumir que as pessoas responsáveis não tenham ideias tontas", insistindo que "até agora não há plano aprovado" e que "tudo o que seja dito é pura especulação técnica, científica, social, política".

"Não há plano nenhum aprovado, muito menos nos termos que tem vindo ser anunciado e que são muito diferente daquilo que se tem feito ou está a ser feito por toda a Europa", acrescentou.

Segundo uma proposta de especialistas da Direção-Geral da Saúde, reproduzida hoje nos jornais, as pessoas entre os 50 e os 75 anos com doenças graves, os funcionários e utentes de lares de idosos e os profissionais de saúde envolvidos na prestação direta de cuidados deverão ser os primeiros a ser vacinados contra a covid-19.

Em reação às notícias veiculadas, o coordenador da 'task force' criada pelo Governo para definir todo o plano de vacinação contra a covid-19, Francisco Ramos, explicou à Lusa que a proposta apresentada pela DGS "não tem qualquer limite de idade para as pessoas internadas em lares".

Os residentes em lares, de qualquer idade, os funcionários destas instituições, os profissionais de saúde, das forças de segurança e os idosos com comorbilidades severas são os grupos prioritários propostos pela DGS para a vacina contra a covid-19, declarou Francisco Ramos.

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