“O Papa todos os dias disse:’eu estou a falar para ti, para ti, para ti, não é para o homem abstrato, é para homens concretos'”, afirmou, defendendo que “é isso que todas as instituições, nomeadamente a Igreja, mas também as instituições políticas, têm de ter presente, cada pessoa”.
O Presidente da República falava aos jornalistas no final da Via-Sacra, que decorreu no Parque Eduardo VII, em Lisboa, com a presença do Papa Francisco que está em Portugal desde quarta-feira para presidir à Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
Marcelo Rebelo de Sousa destacou também o papel “importantíssimo para a paz” da Santa Sé, assim como para o futuro da Europa, dizendo que no que toca à violência, “a Igreja tem aí uma posição muito forte do Papa Francisco, e não vai largar isso, nenhuma sociedade pode largar isso”.
O chefe de Estado afirmou ainda que Portugal é atualmente o país “mais importante do mundo porque nenhum país neste momento consegue reunir tanta gente e tantos países”.
“Já não via há um ano e meio, no mesmo desfile, a bandeira da Ucrânia e da Federação Russa”, realçou, referindo-se ao desfile que aconteceu na quinta-feira, durante a cerimónia de acolhimento da JMJ.
Apontando que o essencial da mensagem do Papa “é no fundo dizer a juventude quer e vai mudar”, o chefe de Estado considerou também inevitável que “a Igreja tenha que mudar, não nos princípios, mas na sua aplicação, olhando para os problemas reais das sociedades reais”.
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