Marcelo Rebelo de Sousa falava em jeito de balanço da sua visita de Estado ao Senegal, durante a qual foi saudado com entusiasmo por centenas de alunos de português, na Universidade de Dacar, e recebido em clima de festa na ilha de Gorée, antigo entreposto do tráfico de escravos.
Em declarações aos jornalistas, ainda em Gorée, o chefe de Estado considerou que estas receções comprovam que “Portugal tem no mundo, de facto, um acolhimento singular”, e os portugueses “não têm razão para ter uma autoestima muito pequena”.
“Os portugueses são admirados em todo o mundo, não têm anticorpos, não há ninguém que seja inimigo de Portugal. E isso é uma característica secular nossa, mas que está presente hoje. É um trunfo na política internacional”, defendeu, descrevendo Portugal como “uma plataforma diplomática única”.
Recordando também a sua visita a Cabo Verde, realizada entre domingo e terça-feira, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou: “Sinto-me muito feliz, porque percebo que os portugueses têm percebido pela cobertura noticiosa o que se tem passado. Para orgulho próprio português, é tão importante sentirem o que se passou em Cabo Verde e o que se passou no Senegal, e o que se poderia passar noutros países do mundo”.
A este propósito, o Presidente português contou o que se passou no jantar que teve na quarta-feira em Dacar: “Não havia um embaixador de um país que não estivesse interessado na aproximação a Portugal, cujo chefe de Estado ou chefe de Governo não tivesse tido um encontro, ou estivesse para ter, com o Presidente português ou com o primeiro-ministro”.
“De tal maneira que os outros ficavam espantados e diziam: que diabo, vocês têm uma plataforma diplomática única. Pois temos, temos uma plataforma diplomática única”, acrescentou.
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