Numa nota divulgada na página oficial da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa refere que Portugal descobriu Sara Tavares “há trinta anos, ainda adolescente, através de um dos concursos de talentos que, nas décadas seguintes, revelariam vários nomes” hoje conhecidos e admirados.

“Portuguesa de origem cabo-verdiana, manteve sempre forte ligação aos seus pares, em diversas colaborações e homenagens, e grande proximidade à música e aos músicos africanos”, afirma o Presidente da República.

O chefe de Estado salienta que, além dos discos que gravou desde 1996, Sara Tavares “representou Portugal no Festival da Eurovisão e foi nomeada para um Grammy Latino”, indicando também que, “tendo interrompido a carreira por motivos de saúde, lançou um novo álbum em 2017 e, já este ano, editou um último ‘single’”.

“À família de Sara Tavares manifesto a minha tristeza e o reconhecimento pela sua vocação, dedicação e determinação”, lê-se na nota.

A cantora portuguesa Sara Tavares, diagnosticada com um tumor cerebral, morreu hoje ao final da tarde aos 45 anos, em Lisboa, afirmou à agência Lusa fonte da família.

A notícia da morte da artista, de ascendência cabo-verdiana, foi dada pela estação televisiva SIC, referindo que estava internada no Hospital da Luz, em Lisboa.

Ao longo do último ano, Sara Tavares tinha vindo a divulgar alguns temas novos, ao fim de cinco anos de silêncio. O mais recente tema, intitulado “Kurtidu”, saiu em setembro passado pela Sony Music.

Sara Tavares, que nasceu em Lisboa em 1978, deu-se a conhecer ainda adolescente nos anos 1990 no concurso televisivo de talentos “Chuva de Estrelas”, da SIC, a interpretar um tema de Whitney Houston.

Pouco depois venceu o Festival RTP da Canção de 1994 com “Chamar as Música”, tema de Rosa Lobato de Faria e João Oliveira, e com o qual obteve o oitavo lugar no Festival Eurovisão da Canção por Portugal.