“Em relação aos professores, há um ponto positivo, é que foi respeitada a Lei do Orçamento quanto à existência de negociações e há ainda uma reunião complementar na próxima segunda-feira”, disse Marcelo Rebelo de Sousa.
O chefe de Estado notou, porém, que “outra questão é o acordo sobre o conteúdo” das negociações, levando em conta as recentes declarações do Governo e das estruturas representativas dos professores.
Sem valorar os argumentos das partes envolvidas, Marcelo Rebelo de Sousa salientou que, havendo um novo diploma governamental que venha a ser objeto de “eventual promulgação”, dará “espaço a que o parlamento, se quiser apreciá-lo, subsequentemente”, permita aos vários partidos que discordaram da posição do Governo manifestarem as suas escolhas.
O Presidente da República, que falava à margem do lançamento do Prémio Firma & Futuro, em Carcavelos, distrito de Lisboa, na Nova 'School of Business & Economics', frisou que cabe ao chefe de Estado fazer de “árbitro a pensar no interesse nacional” e que também “é natural que cada partido puxe a brasa à sua sardinha”.
Para Marcelo Rebelo de Sousa, a sua missão passa por procurar estabelecer pontes na sociedade, para lá das divergências entre partidos, “que são normais em democracia”, ou entre sindicatos e patrões.
Os sindicatos de professores anunciaram hoje que vão realizar uma manifestação nacional em 23 de março em Lisboa como forma de luta pela recuperação integral do tempo de serviço congelado.
A decisão foi anunciada depois de uma reunião da plataforma que reúne as dez estruturas sindicais que têm negociado com o Governo a recuperação do tempo de serviço congelado e que na segunda-feira estiveram reunidos com representantes dos ministérios da Educação e das Finanças que voltaram a apresentar a proposta de recuperação de dois anos e nove meses e 18 dias de tempo de serviço, quando os professores exigem a reposição de nove anos, quatro meses e dois dias.
O Presidente encerrou a sessão de lançamento do Prémio Firma & Futuro, resultante de uma parceria entre a Firma e a Nova SBE, que procura premiar a excelência académica em várias áreas do saber.
A primeira edição do prémio é dedicada ao tema “Como Transformar Portugal na Economia mais Competitiva do Mundo”, tema debatido por um painel composto por personalidades do tecido empresarial e académico português, lançado sob a forma de desafio aos estudantes da faculdade.
As ideias dos participantes serão avaliadas por um júri a designar pela Firma e os finalistas do concurso são conhecidos em setembro.
Aos alunos da Nova SBE presentes na sessão de lançamento o prémio, Marcelo Rebelo de Sousa vincou que está nas suas mãos “acelerar a mudança da sociedade portuguesa” num contexto internacional.
Comentários