Um dos membros da CPTP, Pedro Vila, disse à agência Lusa que à marcha lenta que vai decorrer entre as 16:00 e as 18:00 entre a Rotunda do Castelo do Queijo e a Praça do Município, no Porto, "deverão comparecer, pelo menos, uma centena de táxis".
"Gostaria de ver os 750 táxis do Porto, mais todos os outros da Área Metropolitana do Porto, na marcha lenta, mas sei que isso não vai ser possível", disse Pedro Vila, pedindo "perdão às pessoas", por uma ação que, admitiu, "pode vir a paralisar a cidade".
Na origem do protesto está a Lei 35/2016 - lei contra o transporte ilegal de passageiros – que entrou em vigor em novembro, regulamenta o acesso à atividade e ao mercado dos transportes em táxi e reforça as "medidas dissuasoras de atividade ilegal" no setor, porque aumentou as coimas pelo exercício ilegal de transporte de táxi.
"Pedimos audiência ao presidente da Câmara do Porto, ao comandante da Policia Municipal, à Polícia de Segurança Pública e aos grupos parlamentares da Assembleia da República e apenas o PCP nos aceitou receber", relatou o responsável pela marcha lenta, “desiludido” pela postura do Governo neste processo.
"O Governo também pode e deve fazer algo, mas com este ministro do Ambiente e com o secretário de Estado José Mendes é tempo perdido", disse o taxista que considerou "estar tudo feito à medida das plataformas" eletrónicas de transporte de passageiros em veículos descaracterizados, como a Uber ou a Cabif.
Pelo exercício da atividade sem o alvará, as coimas passaram a ser entre 2.000 e 4.500 euros (pessoa singular) e entre 5.000 e 15.000 (pessoa coletiva).
Uma vez concentrados junto ao Castelo do Queijo, segundo Pedro Vila, os táxis seguirão ou pela Estrada da Circunvalação ou pela Avenida da Boavista, subindo depois em direção à Praça da República para terminarem na Praça do Município.
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