O líder do Partido Popular (PP, direita) foi reconduzido no sábado como chefe do executivo pelo Congresso dos Deputados (parlamento), com 170 votos a favor, 111 contra e 68 abstenções.
Mariano Rajoy vai apresentar hoje a composição do executivo que é apoiado apenas pelo grupo do PP, com 137 deputados num total de 350 membros no parlamento e já se manifestou “consciente do que isso significa” e disposto a pedir a colaboração de outros partidos, principalmente do Cidadãos (centro) e do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE).
O novo chefe do executivo espanhol assegurou que pretende “corrigir tudo o que mereça correção, melhorar tudo o que for melhorável e ceder em tudo o que seja razoável”, mas não “derrubar tudo o que foi construído”.
Na votação de sábado o Cidadãos (32 deputados) e a Coligação Canária (uma deputada) votaram a favor à espera que o PP concretize uma série de reformas negociadas anteriormente.
A maioria do grupo parlamentar do PSOE (85 deputados) absteve-se para evitar a realização das terceiras eleições no espaço de um ano, uma decisão controversa que dividiu o partido.
A tomada de posse de Mariano Rajoy na segunda-feira pôs fim a 10 meses de grande instabilidade e impasse político em Espanha, com as várias forças políticas incapazes de chegar a acordo entre elas.
Os novos ministros tomam posse na sexta-feira numa cerimónia presidida pelo rei Felipe VI.
O PP foi o partido mais votado, mas sem conseguir a maioria absoluta, tanto nas eleições que se realizaram a 20 de dezembro de 2015 como nas eleições de 26 de junho, em que aumentou a percentagem de votantes e o número de deputados.
O PP teve em junho 33,0% dos votos e 137 deputados, seguido pelo PSOE com 22,7% e 85 deputados, Unidos Podemos (extrema-esquerda) com 21,1% e 71 deputados e Cidadãos com 13,0% e 32 deputados.
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