“A autorização desta manifestação pelo Governo [nos Campos Elísios] seria uma forma de consideração face aos ‘coletes amarelos’”, declarou na rádio Europa 1 a presidente do Rassemblement national (União Nacional, RN, ex-Frente Nacional).

“Se os Campos Elísios forem interditos aos ‘coletes amarelos’ isso será interpretado pelos ‘coletes amarelos’ como um ato de humilhação suplementar, uma forma de desprezo suplementar”, referiu a deputada de Pas-de-Calais.

“Os Campos Elísios são uma avenida que é símbolo da França. E os ‘coletes amarelos’ são o povo francês (…) desejam reapropriar-se daquilo que consideram pertencer-lhes”, assinalou.

“O Governo deveria autorizar” a manifestação “mas com medidas para deter de imediato eventuais radicais, para que não perturbem esta bela e grande manifestação popular”, acrescentou a candidata derrotada às presidenciais de 2017.

“Se o Governo recusar [a manifestação] então que encerre os Campos Elísios”, sugeriu a responsável política.

“Abrir os Campos Elísios e, quando toda a gente está nos Campos Elísios, dar ordem aos CRS [polícia de choque] de carregar sobre a multidão, não é admissível”, considerou, numa referência às violências que ocorreram na manifestação de sábado passado.

O ministro do Interior, Christophe Castaner, atribuiu as violências a “sediciosos” da “ultradireita” que “responderam designadamente ao apelo de Marine de Pen”.

Por sua vez, o deputado RN Nicolas Bay criticou o líder da França Insubmissa (esquerda), Jean-Luc Mélenchon e “chefe de partido” pela decisão de também participar na manifestação de sábado em Paris, “uma forma de recuperar” um movimento “que lhe escapa totalmente”, segundo afirmou.

“Não é credível. Jean-Luc Mélenchon durante a campanha eleitoral defendia o aumento dos impostos”, acrescentou Bay.

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