Assinalando que “faz parte da liberdade sindical estabelecer as formas de luta que achar convenientes”, o ministro das Finanças sublinhou: “Todos somos responsáveis”.

Questionado sobre se há margem para ir além de um aumento de 0,3% nos salários da função pública e, desta forma, responder positivamente às reivindicações que estão na origem das ações de luta agendadas pelos representantes dos trabalhadores, o ministro das Finanças respondeu com o aumento de 3,2% da despesa com pessoal que está previsto para 2020.

“Para o ano de 2020 temos previsto um aumento da despesa com pessoal de 3,2%, [sendo que] destes 3,2% há 2,9% que decorrem de processos que já foram assumidos pelo Estado” no âmbito do descongelamento das carreiras. Os restantes 0,3% correspondem à atualização das carreiras.

O ministro, numa declaração aos jornalistas em Lisboa, fez questão de lembrar que nos últimos 20 anos as tabelas salariais foram atualizadas “apenas duas vezes” e que os 0,3% previstos correspondem ao “esforço orçamentado” e que é “um esforço muito significativo”.

Na semana passada, depois de a Frente Comum, afeta à CGTP, ter anunciado uma manifestação nacional da função pública em 31 de janeiro, em Lisboa, a Fesap adiantou que estava a "equacionar" realizar uma greve em 31 de janeiro, apelando a "todas as estruturas sindicais" para que se juntem na resposta ao Governo sobre aumentos salariais de 0,3% em 2020.

Neste contexto, a Fesap enviou uma carta aos dirigentes da Frente Comum e do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) no sentido de as três estruturas concertarem posições, após ser conhecida a proposta de atualização salarial do Governo.