"Homenagear Mário Soares como escolheu ser retratado, por Júlio Pomar. O homem com tantas vidas como a nossa democracia. Contraditório, certamente. E sem esquecer nada, digo-vos que hoje escolho recordar com gratidão o homem que mandou a idade e o conforto às malvas para se levantar na Aula Magna, com toda a esquerda, na defesa do país contra a ‘troika’", lê-se numa mensagem publicada numa rede social.
Catarina Martins referia-se ao evento "Em Defesa da Constituição, da Democracia e do Estado Social", em novembro de 2013, na Reitoria da Universidade de Lisboa, que juntou cerca de 2.500 personalidades "das esquerdas", mas também do centro direita ou independentes.
A publicação de Catarina Martins é acompanhada pelo retrato oficial de Soares como Presidente da República da autoria do artista plástico Júlio Pomar.
Mário Soares morreu hoje, aos 92 anos, no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa, onde se encontrava internado desde 13 de dezembro.
No dia 22, foi transferido dos cuidados intensivos para a "unidade de internamento em regime reservado", depois de sinais de melhoria do estado de saúde.
No entanto, na véspera de Natal, um agravamento súbito da situação clínica obrigou ao regresso do antigo chefe de Estado à unidade de observação constante.
Mário Soares combateu a ditadura de António Salazar, fundou o PS e regressou a Portugal do exílio logo a seguir ao 25 de Abril.
Depois de ter chefiado o governo, foi Presidente da República entre 1986 e 1996.
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