“Nós, como país, estamos a fazer grandes sacrifícios dentro das nossas possibilidades. Os números que circulam sobre o apoio [financeiro da UE] não chegam ao nível do nosso esforço e dos sacrifícios que realizamos”, disse o porta-voz do executivo marroquino, Mustafa Jalfi, numa conferência de imprensa.
Esta é a primeira vez, desde que começou a mais recente crise migratória, que o Governo de Marrocos se pronuncia oficialmente sobre o seu papel dentro da problemática, e do apoio da UE.
Jalfi afirmou ainda que “uma cooperação [migratória] que inclua os países do Mediterrâneo Ocidental seria proveitosa para todos”, uma posição que confirma o mal-estar de Rabat pelo facto de o apoio da UE estar a ser direcionado apenas para países do Mediterrâneo Oriental, como a Turquia.
Segundo o executivo marroquino, no ano passado houve 65 mil tentativas de emigração clandestina, por barco ou através do pular de cercas nas cidades de Ceuta e Melilla, o dobro em relação a 2016.
Também os cálculos da Organização Internacional para as Migrações (OIM) coincidem com os dados de Rabat, segundo os quais as entradas migratórias em Espanha, nos primeiros sete meses de 2018, já superaram o total registado no ano passado.
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