“As situações são diferentes. É público que os constrangimentos na CP são por ausência de material circulante, mas não é isso que se coloca na Soflusa”, referiu João Pedro Matos Fernandes, durante uma audição na Comissão de Economia.

O governante respondia assim ao deputado do CDS Hélder Amaral, que confrontou Matos Fernandes com o plano de investimento de 45 milhões de euros para recuperar o material circulante e contratar 187 trabalhadores para a CP e para Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF), anunciado em junho.

Este plano vai decorrer entre 2019 e 2022, sendo que a primeira fase se estende por 18 meses, a partir do segundo semestre deste ano, e tem em vista a reparação de cerca de 70 unidades, entre carruagens, automotoras e locomotivas.

O responsável pela pasta do Ambiente e da Transição Energética sublinhou que estão a ser adquiridas embarcações para a Soflusa e Transtejo com o financiamento do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos (POSEUR), “que não financia a CP”.

João Pedro Matos Fernandes vincou ainda que estas empresas vão ter um contrato de serviço público, que explicou ser necessário no âmbito das candidaturas a programas operacionais.

“Não há volta a dar. Para que possamos celebrar um contrato em função da candidatura ao POSEUR tem que existir um contrato de serviço público”, concluiu.