Em declarações à agência Lusa, o capitão do porto e comandante da Polícia Marítima (PM) de Caminha, Pedro Costa, explicou que "por estar a atingir zonas mais interiores, o rio tem transportado muito lixo, que se encontrava depositado nas margens e que, por este facto, constitui perigo para a navegação".

Além de "troncos de árvores", têm sido avistados no Troço Internacional do Rio Minho (TIRM), outro tipo de materiais como "plásticos e até alguns eletrodomésticos".

Aquela situação, adiantou, "representa um perigo à navegação, sobretudo por estar a decorrer a safra do meixão (enguias bebé), que começou dia 19 de novembro e termina em final de fevereiro, e que é praticada maioritariamente, durante a noite".

"Estes materiais que se encontram nas águas do rio não são visíveis à noite. A pesca do meixão decorre em noites de lua nova, com menos luminosidade ainda", explicou.

Pedro Costa avisou ainda que "face à previsão da continuação da chuva e, consequentemente, da necessidade de a barragem da Frieira, em Espanha, continuar a libertar água para o rio, devem ser consideradas medidas de prevenção por todos aqueles que se encontram ou praticam atividades de pesca lúdica em zonas ribeirinhas".