De acordo com fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Viana do Castelo, a queda de árvores no Alto Minho não causou vítimas nem danos materiais, sendo que os cortes de estradas registados foram resolvidos rapidamente pelas corporações de bombeiros.

Além da queda de árvores, o CDOS adiantou que as restantes ocorrências se prendem com inundações e remoção de infraestruturas em perigo de queda.

Em Ponte da Barca, um deslizamento de terras, cerca das 20:00, deixou isolado o lugar de Ruivos, com moram cerca de cinco pessoas.

O comandante dos bombeiros locais, José Freitas, referiu que “o trânsito na estrada camarária ficará restabelecido ainda na noite de hoje, uma vez que foi mobilizada para o local uma retroescavadora que, desde as 22:00, está a remover a terra”.

O aluimento atingiu ainda o cemitério, provocando “danos na vedação e em algumas sepulturas”.

José Freitas adiantou que a corporação está a acompanhar a evolução do caudal do rio Lima, adiantando que, pelas 23:00, “o nível das águas não era preocupante”.

Na freguesia de Areosa, em Viana do Castelo, os ocupantes de um veículo que ficou preso na água da chuva acumulada num viaduto tivera, de ser retirados pelos bombeiros.

Em Ponte de Lima, no Largo de Camões, no centro histórico da vila, a queda da vedação de uma obra, cerca das 18:00, obrigou à intervenção os bombeiros locais.

Contactado pela Lusa, o comandante dos bombeiros locais, Carlos Lima, acrescentou que o "vento forte que se faz sentir derrubou a vedação em ferro que acabou por rasgar o toldo de uma ourivesaria adjacente à obra".

"Os bombeiros isolaram a área envolvente. Criaram um perímetro de segurança em torno da estrutura. O dono da obra fez deslocar para o local uma equipa de trabalhadores para desmontar a estrutura metálica e as lonas que fechavam a obra", explicou.

Carlos Lima adiantou ainda que o caudal do rio Lima "cobre todo o areal, mas ainda não galgou as margens".

Em Monção, fonte dos bombeiros locais disse à Lusa que a situação no rio Minho "está controlada", sendo que os parques das Caldas e da Lodeira "continuam inundados".

Na terça-feira, o rio Minho galgou as margens, inundando o rés-do-chão do edifício do antigo balneário termal, o que levou a câmara a proibir o acesso automóvel àqueles parques.

Neste momento, vigora um aviso laranja para 11 distritos: Aveiro, Porto, Viana do Castelo, Castelo Branco, Lisboa, Vila Real, Braga, Coimbra, Guarda, Setúbal e Viseu.

Para quinta-feira, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera emitiu um aviso vermelho para os distritos do Porto, Braga, Aveiro, Vila Real e Viana do Castelo devido à previsão de chuva forte e persistente.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil emitiu hoje um aviso à população por causa do agravamento das condições meteorológicas, com precipitação forte e persistente, vento forte nas terras altas e agitação marítima forte em toda a costa.