O cenário foi traçado à agência Lusa pela meteorologista Ângela Lourenço, do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Segundo a meteorologista, a depressão (DANA) que afeta uma parte do território de Espanha irá "gradualmente aproximar-se" do território continental português, "perdendo força e intensidade".

Em consequência desta depressão, formada nos "níveis mais elevados" da troposfera (camada mais baixa da atmosfera), é possível que ocorram aguaceiros a partir de sábado nas regiões do interior Centro e Sul.

No domingo, a queda de chuva, também em regime de aguaceiros, acompanhada de trovoada mantém-se na região do interior Centro e estende-se ao interior Norte, situação que se prolongará até segunda-feira, de acordo com as previsões.

Ângela Lourenço ressalvou que a precipitação prevista será "muito localizada" e de "distribuição irregular" num mesmo lugar, ao ponto de, por exemplo, chover numa zona de uma localidade durante 10 a 15 minutos e noutra zona, a 10 quilómetros de distância, não chover ao longo do dia.

A probabilidade de chuva, que não deverá ser forte, será acompanhada de ar quente e húmido, adiantou a meteorologista do IPMA. O ar manter-se-á quente e seco nas áreas do país onde não deve chover.

Na terça e quarta-feira, os aguaceiros poderão continuar de "forma mais generalizada" nas regiões do Norte e Centro, mas por ação de uma outra depressão, que chega ao território continental português a partir do oceano Atlântico, trazendo "ar mais fresco".

A "depressão de níveis altos", a que os espanhóis chamam "gota fria" ou DANA (acrónimo para depressão isolada de níveis altos), provoca aguaceiros e trovoadas e tem no seu centro ar frio, precisou Ângela Lourenço.