Fonte da ANEPC referiu que a maioria das ocorrências referem-se a inundações de via pública ou habitações, quedas de árvore e quedas de estruturas móveis.

Mas acrescentou que não há registo de danos significativos ou feridos.

Desde as 16:00 as ocorrências devido ao mau tempo “diminuíram significativamente”, realçou ainda.

No balanço anterior, até às 16:00, a proteção civil tinha apontado 1.156 ocorrências no continente relacionadas com o mau tempo, das quais 456 na Grande Lisboa e 127 na Península de Setúbal.

Entre as 00:00 e as 12:00 de hoje, a ANEPC tinha registado 839 ocorrências no continente, das quais 380 na Grande Lisboa.

Já entre as 20:00 de segunda-feira e as 07:00 de hoje, tinham sido registadas 394 ocorrências relacionadas com o mau tempo no continente, das quais 142 no concelho de Lisboa e 42 na Península de Setúbal.

O estado do tempo no continente foi condicionado hoje por “sucessivos sistemas frontais associados a depressões que se deslocam no Atlântico Norte em direção à Europa”, por influência da depressão Babet, tinha adiantado o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

A passagem da superfície frontal fria deu origem a precipitação, por vezes forte e persistente e vento do quadrante sul, com rajadas fortes no litoral e nas terras altas, destacou o IMPA.

A depressão Aline, que transporta uma massa de ar quente, húmida e instável, vai afetar Portugal continental na quinta-feira, com precipitação forte e rajadas de vento que poderão superar os 100 quilómetros/hora, informou hoje o IPMA.

“Aline é o nome atribuído pelo IPMA a uma depressão que irá atravessar o Atlântico em fase de cavamento, aproximando-se da região centro da costa ocidental de Portugal na manhã do dia 19 [quinta-feira], em deslocamento rápido para leste e transportando uma massa de ar muito quente, húmido e instável”, explica em comunicado o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Na quinta-feira, com a passagem da depressão Aline, prevê-se que o vento sopre de sudoeste, “tornando-se gradualmente forte” nas regiões Centro e Sul a partir da manhã, com rajadas que poderão superar os 100 km/h, “em especial no litoral a sul do Cabo Mondego e incluindo a costa sul do Algarve, e nas serras destas regiões, rodando para noroeste a partir do fim da tarde e enfraquecendo gradualmente”, lê-se na nota do IPMA.

O instituto indica que a precipitação “deverá ser por vezes forte e ocasionalmente acompanhada de trovoada no litoral das regiões Norte e Centro” logo a partir da tarde de quarta-feira, “estendendo-se ao restante território a partir da madrugada do dia 19 e aumentando de frequência e intensidade durante a tarde desse dia”.

Segundo o IPMA, a agitação marítima “irá de novo aumentar e tornar-se forte a partir da madrugada do dia 19, esperando-se para a costa ocidental ondas do quadrante oeste com quatro a cinco metros, passando a noroeste a partir do fim da tarde e aumentando para cinco a sete metros de altura significativa, e podendo atingir altura máxima até 14 metros, persistindo durante o dia 20”.

Na costa sul do Algarve, as ondas serão de sudoeste, aumentando para quatro a cinco metros durante a tarde de quinta-feira.

“Devido a esta situação meteorológica gravosa, foram emitidos avisos laranja de vento, precipitação e de agitação marítima, que irão ser atualizados ao longo dos próximos dias, aconselhando-se o acompanhamento das previsões meteorológicas e a precaução de situações de vulnerabilidade ao estado do tempo”, acrescenta o IPMA.