Aproximadamente 266.000 refugiados afegãos registados em território paquistanês voltaram ao Afeganistão até meados de outubro, disse o porta-voz da Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR) no Paquistão, Asif Shahzad, à agência noticiosa Efe.

Além disso, cerca de 190.000, sem estarem registados, também voltaram ao seu país, segundo outra fonte da ONU que falou sob a condição de anonimato.

O Paquistão acolhe 1,4 milhões de afegãos legalmente registados e 900.000 em situação irregular, o que os torna numa das maiores e mais antigas comunidades de deslocados que começou a chegar a território paquistanês com a invasão soviética em 1979.

Asif Shahzad indicou que em meados de julho o número de afegãos que regressaram ao seu país começou a aumentar significativamente, sendo que, por esta altura, cerca de 4.000 deixam diariamente o Paquistão através de um dos três centros de repatriação voluntária da ONU onde se registam e obtêm uma ajuda para o retorno.

Entre os motivos figura o aumento da ajuda da ONU para 400 dólares por pessoa, a detenção de afegãos indocumentados e o reforço das passagens fronteiriças entre os dois países.

O governo paquistanês anunciou, além disso, que os afegãos deveriam abandonar o país antes de dezembro de 2016, após 37 anos no país, embora no início de setembro tenha prorrogado esse prazo até março do próximo ano.

As autoridades paquistanesas afirmam, há anos, que os afegãos devem sair do seu território. Contudo, após um ataque talibã a uma escola de Peshawar, em que morreram 125 estudantes em 2014, intensificou os apelos à sua repatriação e este ano lançou o referido ultimato.

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