Precisamente uma semana após ter assumido a presidência do Conselho da União Europeia — no que constitui o arranque do trio de presidências do qual Portugal faz parte (no primeiro semestre de 2021) -, e numa altura em que o levantamento das restrições devido à covid-19 começa a permitir que sejam retomados eventos presenciais em Bruxelas, Merkel terá um encontro com os presidentes da Comissão, Conselho e Parlamento Europeu, e deslocar-se-á também à assembleia europeia.

Em 02 de julho, a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, anunciou que convidou os presidentes do Conselho Europeu, Charles Michel, e do Parlamento, David Sassoli, assim como a presidência rotativa do Conselho da UE, agora nas mãos da Alemanha, para um encontro que visa desbravar caminho para um acordo rápido sobre o pacote de recuperação pós-covid.

“Chegar rapidamente a um acordo é crucial. Para tal, e conforme previsto no artigo 324º do Tratado, convidei David Sassoli, presidente do Parlamento Europeu, e Angela Merkel, chanceler alemã, na sua qualidade de presidência rotativa do Conselho [da UE], bem como Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, para uma reunião em 08 de julho, para fazer o balanço dos progressos e preparar as intensas negociações políticas que se avizinham”, indicou então a presidente do executivo comunitário.

À tarde, Merkel participará num debate no Parlamento Europeu sobre o programa da presidência alemã para o segundo semestre do ano, tendo a chanceler já assumido por diversas vezes que a grande prioridade é precisamente o plano de recuperação para reerguer a economia europeia do profundo choque causado pela pandemia de covid-19.

Em 02 de julho passado, no final de uma reunião por videoconferência entre o Governo alemão e o executivo comunitário, Merkel e Von der Leyen coincidiram nos apelos a um acordo rápido sobre o pacote de recuperação que permita à União Europeia ultrapassar “a maior crise” da sua história.

Apontando como grande desígnio da presidência alemã “a superação da crise”, Merkel defendeu a proposta apresentada em final de maio pela Comissão Europeia — com muitos traços comuns com uma proposta franco-alemã avançada pouco antes -, de um Fundo de Recuperação de 750 mil milhões de euros (dois terços dos quais a serem canalizados para os Estados-membros através de subvenções), associado a um Quadro Financeiro Plurianual para os próximos sete anos num montante de 1,1 biliões de euros.

O desejo declarado de ambas é que seja alcançado um acordo sobre o Fundo de Recuperação e o orçamento da União para 2021-2027 já na cimeira agendada para 17 e 18 de julho, em Bruxelas.

Esse Conselho Europeu constitui de resto o tema de um outro debate que terá hoje lugar no Parlamento Europeu — em sessão plenária entre hoje e sexta-feira -, com a participação de Charles Michel e de Ursula von der Leyen.

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